Eu sou a árvore / Possidónio Cachapa ; rev. Catarina Sacramento
Idioma: por.País: Portugal.Publicação: Lisboa : Companhia das Letras, 2016Descrição: 348,[2] p.ISBN: 9789896650995.Resumo: Todas as árvores caminham sobre o Tempo, sobre a passagem das estações, porque nenhum outro movimento lhes resta. Existem, simplesmente, dividindo-se entre o corpo visível que se estende à luz e o corpo inferior que vive de forma encoberta. Os seus frutos, contudo, são esperanças perdidas, Verão após Verão. Imagens do desejo de poder ser mais do que braços a estender-se ao céu, ao vento, à impiedade dos pássaros. Da vontade que todo o corpo, o poderoso corpo, pudesse sair da terra, com duas pernas móveis, e a fizesse estremecer de medo quando uma delas voltasse a pousar na superfície. Entre os homens e as árvores há tanto em comum que por vezes não se sabe onde começam uns e acabam os outros. É o gosto obstinado de lançar raiz na terra funda, de dar fruto e espalhar semente. Samuel acredita que lhe basta um solo fértil para ser feliz e, sendo-o, permitir que todos o sejam tanto como ele. Mas a mulher sonha longe, os filhos guardam segredos e a força brutal dos seus gestos de patriarca deixa marcas inesperadas naqueles que ama. No seu esperado regresso ao romance, Possidónio Cachapa colhe um livro onde a Natureza e o Homem vivem misturados, moldando-se e afeiçoando-se mutuamente, enquanto o tempo se some como um carreiro de água em terra seca.Assunto - Nome comum: Romance portuguêsTipo de documento | Localização | Cota | Estado | Data de devolução | Código de barras | Reservas |
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Biblioteca Municipal de Carnaxide Sala de Adultos - Ficção | ROM ROM-POR CAC (Ver prateleira) | Disponível | 030204925 | ||
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Biblioteca Municipal de Oeiras Sala de Adultos | ROM ROM-POR CAC (Ver prateleira) | Disponível | 010191383 |
Todas as árvores caminham sobre o Tempo, sobre a passagem das estações, porque nenhum outro movimento lhes resta. Existem, simplesmente, dividindo-se entre o corpo visível que se estende à luz e o corpo inferior que vive de forma encoberta. Os seus frutos, contudo, são esperanças perdidas, Verão após Verão. Imagens do desejo de poder ser mais do que braços a estender-se ao céu, ao vento, à impiedade dos pássaros. Da vontade que todo o corpo, o poderoso corpo, pudesse sair da terra, com duas pernas móveis, e a fizesse estremecer de medo quando uma delas voltasse a pousar na superfície. Entre os homens e as árvores há tanto em comum que por vezes não se sabe onde começam uns e acabam os outros. É o gosto obstinado de lançar raiz na terra funda, de dar fruto e espalhar semente. Samuel acredita que lhe basta um solo fértil para ser feliz e, sendo-o, permitir que todos o sejam tanto como ele. Mas a mulher sonha longe, os filhos guardam segredos e a força brutal dos seus gestos de patriarca deixa marcas inesperadas naqueles que ama. No seu esperado regresso ao romance, Possidónio Cachapa colhe um livro onde a Natureza e o Homem vivem misturados, moldando-se e afeiçoando-se mutuamente, enquanto o tempo se some como um carreiro de água em terra seca
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